quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Espírito Santo

O destino do recesso foi o Espírito Santo, e eu nunca imaginei que fosse um Estado tão lindo, o turismo não é divulgado nem explorado; moradores locais e residentes em Minas Gerais são os que mais frequentam as praias, serras e montanhas. Ficamos hospedadas em Vitória, que logo de cara nos encantou com um orla linda e bem estruturada para praticantes de caminhadas e ciclistas, pode-se atravessar quase toda a capital caminhando ou pedalando. 




No primeiro dia fomos a Vila Velha para fazermos a trilha do Morro do Moreno, a entrada é gratuita e do topo avistamos paisagens e praias lindas, tando de Vitória como de Vila Velha, o acesso não é difícil e se você não possuir nenhuma limitação física pode percorrer o caminho tranquilamente. Subimos também o Morro do Convento da Penha, é bonito, mas alerto que a vista nem se compara a que temos lá do topo do Morro do Moreno. 




Finalizando a trilha do Morro do Moreno fomos caminhando até a Praia do Canto, tentamos ir na Praia Secreta e como de secreta só possui o nome, retornamos para passar a tarde na Praia do Canto mesmo, pois era maior e não estava tão lotada como a Secreta. O interessante que podemos tomar sol com tranquilidade porque os vendedores ambulantes não ficam "enchendo o saco" como acontece em vários litorais brasileiros. A areia queima nos pés e o mar é bem perigoso, então minha dica para quem quer pegar uma cor no Espírito Santo é escolher um hotel com piscina. Claro que existem outras praias, nos indicaram Guarapari, mas como era muito badalada optamos por evitar aglomerações.


No dia seguinte alugamos um carro e fomos para Santa Teresa, na Serra do Espírito Santo. Santa Teresa é a primeira colônia italiana do Brasil, inclusive por lá chegaram nossos tataravôs. O Museu da Cultura Italiana estava fechado por causa da pandemia, e as degustações de vinhos e espumantes também estão suspensas, então não podemos afirmar se o vinho capixaba é bom. Aproveitamos o dia para percorrer o Circuito Vale do Caravaggio e visitar a rampa de voo livre (as condições climáticas não estavam propícias para voo, mas a vista é marvilhosa), passear pela Rua do Lazer e almoçamos num restaurante maravilhoso - Fabrício. 




O ponto alto da nossa viagem foi a ida ao Parque Estadual da Pedra Azul, fomos de carro para evitarmos aquele sobe e desce de ônibus de turismo, o lugar é fenomenal, caminhamos pela trilha da Pedral Azul, encostamos na pedra para fazermos os pedidos de 2021 e percorremos o início do Circuito do Lagarto; e para provarmos o famoso Café Jacu fomos até a Fazenda Camocim, lugar simplesmente mágico, não tínhamos vontade de sair de lá, atendimento espetacular, comidas ótimas e paz, PAZ é a palavra que define tudo aquilo. O proprietário da Fazenda veio falar conosco para explicar o futuro do local, que terá trilha de 20 km, possibilidade de acampar e ainda há projeto de construção de um hotel. Conhecemos a adega também - muito legal, onde nos mostraram uma verdadeira relíquia - um exemplar de 1892 do Chmapagne Victor Clicquot. 




Último dia de Espírito Santo fomos para a praia, pois passado o feriado de fim de ano as praias esvaziaram, passamos a tarde na Praia de Camburi, próxima ao nosso hotel, sol, diversão e boas risadas. 


Onde Comer em Vitória: os restaurantes que mais gostamos foram o Atlântica (para provar a famosa moqueca capixaba), Cantina do Bacco (culinária italiana), Porto do Bacalhau (culinária portuguesa) e o Triângulo das Bermudas para happy hour, barzinhos e lanches, um bar muito legal que fomos para comer comida de boteco foi O Barraco. O Quiosque do Alemão que fica na beira do mar é muito bem falado, mas não nos surpreendeu, esperávamos mais. 




Espírito Santo, Estado pouco desbravado e que vale a pena conhecer, outro pedaço mágico deste Brasil que adoramos visitar durante esse tempo cheio de limitações. 

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