quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O Mágico Povo de Tequila

Saindo de Guadalajara partimos para um passeio fabuloso rumo ao Pueblo Mágico de Tequila. Tudo na pequena cidade faz lembrar a famosa bebida mexicana, o cheiro das destilarias paira no ar.


A cidade é rodeada por plantações de Agave, cujas pinhas são usadas para fazer tequila desde o século XVI, aproveitamos o passeio para conhecer duas destilarias, cada uma com sua proposta, a primeira artesanal Tres Mujeres e a segunda La Rojeña, que fabrica a tequila mais famosa do mundo - Jose Cuervo.

 


Em ambas fizemos degustação de tequilas, provamos até um pedacinho da pinha do agave que lembra muito a nossa cana de açúcar; aprendemos que a Tequila é uma bebida que pode até trazer benefícios para a saúde, se soubermos comprar a certa e bebermos com moderação, afinal a tequila que somos acostumados a ver nos bares brasileiros serve única e exclusivamente para preparo de coquetéis e não deve ser tomada isolada, e é por isso que muitos atribuem à tequila suas piores ressacas. Tequila 100% agave não dá ressaca e não faz mal à saúde. 




Ao lado da Destilaria Jose Cuervo está a fábrica de pimentas Cholula, que na minha opinião, fabrica o molho de pimenta mais saboroso do mundo e vale a pena visitar para abastecer o estoque. 


Posso dizer que aprendemos muito nas duas destilarias, pois o passeio guiado esclarece muitas coisas, na Tres Mujeres tivemos contato mais próximos com as plantas, com as pinhas, com os tonéis de melado e na Jose Cuervo, após uma passeio pelo museu Mundo Cuervo, conhecemos todo o processo industrial da Tequila mais famosa do mundo, lá estão os carros usados no início da fábrica, tequilas reserva da família Cuervo e até um corvo de verdade que simboliza ela que se tornou a tequila mais querida por todos. 


 

Após os passeios tivemos um tempo para conhecer um pouco o povoado que é lindo! E não é à toa que é conhecido como Pueblo Mágico de Tequila, com clima bucólico e povo alegre encanta a todos e uma dica eu dou: hospede-se em Tequila, assim a cidade pode ser explorada com tempo.


Assim, O Mundo de Crisi encerra com chave de ouro o seu tour pelo México colonial.O México é um pais fabuloso, com uma cultura riquíssima e quem pensa que ele se resume a Cancún, festa, trago e foguete, está muito enganado, ele vai além, foi nossa terceira vez por lá e nos surpreendemos novamente, um lugar incansável e que certamente tem muito a ser explorado, faça como eu e a Daia - Visit Mexico y Hasta la vista! 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

#forçachape

No que pese meu total desinteresse pelo futebol, nesta hora tão trágica pela qual passa a nossa cidade o Mundo de Crisi não poderia ficar alheio à situação. Não há coração que aguente, independentemente de termos perdido familiares, amigos, perdemos seres humanos. Perdemos, acima de tudo, aqueles que traziam alegria ao nosso povo, pois não é de hoje que o esporte é o grande responsável pelos melhores momentos de nossa nação, tão martirizada por falcatruas políticas e manobras desonestas para garantir a manutenção do Poder. 


Independentemente de crenças e preferências o mundo se uniu numa corrente de fé e solidariedade para tentar confortar a população chapecoense, atitudes nobres que fizeram com que o Brasil percebesse a desnecessidade de ter tanto preconceito contra os demais povos da América Latina. Infelizmente precisamos de uma tragédia para termos essa lição, e a prova de tudo isso foi a maravilhosa e extremamente organizada homenagem vinda de Medellín, algo que certamente ficará gravado em nossas memórias e que seremos eternamente gratos. A consideração para conosco não elimina a dor, mas acalenta nossos corações.  


Eu sei que em momentos de perda não há palavras ou atitudes que confortem, mas o Mundo de Crisi se posta em oração para pedir a Deus luz, paz e força aos que ficaram, o nosso time não morreu ele evoluiu, pois ganhou reforços no Céu e acredito que voltará fortalecido para continuar dando orgulho ao nosso povo. Hoje somos um, hoje vestimos verde e branco, hoje e sempre seremos Chapecoense. 


Amigos, sigam em paz e que a luz perpétua os ilumine, saúde e boa recuperação aos sobreviventes e nós seguiremos, nos reergueremos e com a guarra do nosso povo demonstraremos que a Associação Chapecoense de Futebol veio pra ficar, porque afinal o VERDÃO É O TIME DE NOSSOS CORAÇÕES. #forçachape


Nem todas as fotos deste blog são de minha autoria, caso deseje os créditos por alguma foto ou a sua remoção favor encaminhar e-mail para: crisianiii@hotmail.com

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Guadalajara

De repente... Guadalajara! Sabem... vou contar uma breve história: quando eu era criança eu ouvia os discos de vinil de música mexicana de meus pais e pensava, ainda conhecerei Guadalajara! Eu gostava da pronúncia do nome, acho que o México sempre me atraiu, não é à toa que eu e a Daia já viajamos três vezes pra o berço das culturas azteca e maya. Mirabolâncias infantis ou não, eis que pisamos em Guadalajara. 




Até poucas décadas atrás, a Capital do Estado de Jalisco era uma plácida cidade provinciana, o surto industrial a transformou em uma metrópole moderna, sendo a segunda maior do México, perdendo apenas para a Capital Federal. Desembarcamos e após alguns contratempos conseguimos nos instalar e no outro dia tomamos um táxi para o centro histórico, que para a nossa decepção estava mal cuidado, sujo e, pra variar, a majestosa catedral estava em reforma (somos peritas em pegar grandes igrejas em reformas -rs), pois sabemos que ela é um dos destaques da cidade. Mas tudo bem, acontece em todas as viagens, então pegamos o ônibus turístico - Tapatío Tour e embarcamos para um lindo passeio rumo a Tlaquepaque.


Antes do destino final fizemos uma parada no Museo del Ejército y la Fuerza Aérea de Guadalajara - Cuartel Colorado, e nos impressionamos com a conservação de todo o acervo, em especial  das aeronaves. 




Quando chegamos a Tlaquepaque foi amor à primeira vista, hoje subúrbio da cidade  de Guadalajara, o local conserva todo o clima aldeão de outrora, com uma enorme variedade de cerâmicas, madeira, papel, metal e artesanatos em geral, é onde encontramos as Catrinas mais lindas do México, é lá também que estão alguns dos melhores restaurantes da metrópole e que agradam a todos os paladares. 


Nos finais de semana Tlaquepaque ferve, suas ruas coloridas recebem turistas e moradores que buscam entretenimento e boa culinária, um dos pontos de encontro favorito é o El Parián, com o título de maior cantina do mundo, reúne 47 restaurantes em volta de um pátio gigante com mariachis cantando ao centro. 




Guadalajara não é só isso, a noite da grande metrópole é atrativa e todos os caminhos levam a Chapultepec onde pubs e bons restaurantes fazem a alegria de todos, dentre os melhores pubs estão o York Pub e La Nacional Chapultepec, com cervejas artesanais, tapas (petiscos mexicanos) e música ao vivo, é claro. 


Geralmente, nas tardes de sábado, é montado um cinema ao ao livre no calçadão central de Chapultepec onde são exibidos filmes infantis, uma proposta bem interessante de levar cultura e diversão para toda população. Outra coisa que adoramos foi caminhar pelas grandes avenidas no domingo de manhã, aos domingos elas fecham e dão lugar aos esportes, caminhadas, corridas, ciclismo, tudo sem o perigo do intenso tráfego dos dias úteis, um exemplo a ser seguido.  


La Minerva - Guardiã de Guadalajara


E assim eu e a Daia nos despedimos de Guadalajara, uma cidade que impressiona e surpreende. Adios Guadalajara! Hasta la vista!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Festival Cervantino

Quando sentimos os primeiros aromas de Guanajuato percebemos que a cidade fervia, a Capital do estado, que leva o mesmo nome, com seu ar colonial e com seus suntuosos templos (alguns datam do século XVII) demonstrava, pela movimentação de carros e turistas, que algo maior estava acontecendo, então perguntamos ao taxista que, muito amável, nos explicou - era o dia que precedia a abertura do XLIV Festival Cervantino.




Guanajuato é a cidade sede do Festival Cervantino que acontece anualmente no mês de outubro e reúne artistas e turistas do mundo todo (os japoneses são os que mais apreciam o evento), é considerado um dos principais festivais de artes culturais do México e da América Latina, dando ênfase às criações artísticas da língua espanhola. Como o próprio nome sugere, o Festival foi nomeado em honra a Cervantes e oficialmente inaugurado em 1972.


Falando em Miguel de Cervantes, para os apreciadores de sua obra o Museu Iconográfico del Quijote é parada obrigatória, lá estão expostas centenas de obras de arte sobre o legendário Don Quijote de La Mancha, desde selos de correio até murais grandiosos, sem falar nos livros, é claro! Há uma livraria onde podemos adquirir as obras em língua original ou até mesmo nas demais que foram traduzidas. O maravilhoso e curioso acervo conta ainda com obras de Dalí, Picasso e Daumier. Vale a pena conferir. 




Ficamos pouco tempo em Guanajuato, exitem muitas atrações boas por lá, mas conseguimos explorar as principais e foi muito válido conhecer um dos palcos da luta pela independência mexicana. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Museu Casa Diego Rivera

A casa onde o famoso pintor e muralista Diego Rivera nasceu (1886) está localizada na cidade de Guanajuato e tornou-se um museu que exibe, além de alguns móveis originais, mais de cem obras e esboços de seus murais.




A visitação não é demorada, no primeiro piso estão os móveis e objetos do fim do século XIX, onde se manteve toda a área de convivência familiar, suas obras encontram-se em todo o andar superior. 




O museu fica aberto de terças a domingos e paga-se uma pequena taxa de manutenção, cerca de R$ 3,00. Eu confesso que esperava muito mais, achei meio sem graça, claro que tudo ficou "apagado" depois de conhecer o Museu de Frida Kahlo na Cidade do México em 2014, mas vale a experiência, afinal cultura nunca é demais. 

domingo, 23 de outubro de 2016

Guanajuato

Guanajuato é uma cidade mexicana, capital do Estado que leva o mesmo nome. Nossa estada foi de apenas um dia, pois estávamos de passagem rumo à Guadalajara. Optamos por fazer um passeio turístico que incluía os principais pontos de interesse.


Iniciamos a visita passando pelos tradicionais tuneis na cidade, alternativas para fazer com que o transporte pudesse fluir, pois suas ruas estreitas, geralmente em forma de ladeiras, dificultam muito a passagem dos veículos, depois de muitos tuneis chegamos ao Museu das Múmias, construído atrás do cemitério municipal, tem uma proposta bem interessante, para não dizer macabra. 




Tendo em vista a geografia peculiar de Guanajuato, não seria possível construir na cidade um cemitério com jazigos horizontais como somos acostumados a ver, como é um tanto trabalhoso cavar buracos na rocha, a municipalidade criou um sistema de tumbas no estilo gavetas, um prédio cheio de gavetas mortuárias, e não importa a classe social, todos em Guanajuato têm o mesmo destino - as gavetas. Após cinco anos do falecimento, as autoridades entram em contato com a família do "de cujus" fornecendo as seguintes alternativas: incineração do corpo, entrega do corpo para a família levar pra casa (o que eu achei how bizarre), ou, se estiver bem conservado, exposição junto ao museu.


O guia nos explicou que as condições das rochas e o clima da cidade ajudam na conservação dos corpos e por isso tiveram a ideia de criar o famoso museu, que faz com que todos que cheguem em Guanajuato perguntem: ?Donde están las momias? Outros relatos da origem do Museu são encontrados na internet, agora resta a dúvida, acreditamos nos contos que ouvimos por lá, ou no que encontramos na web?





Após fomos para uma mina desativada de extração de pedras preciosas, Guanajuato também é famosa pelos seus quartzos e diamantes. Seguimos para o Museu da Inquisição onde estão expostos os mais bizarros instrumentos de tortura, o clima é realmente pesado, pois com tais petrechos muitos foram torturados até a morte. 



O local onde atualmente encontra-se o Museu da Inquisição foi disputado no passado por várias famílias milionárias do ramo de extração de diamantes, mas quando uma delas conseguiu se apossar do local iniciando as escavações, ao invés de pedras preciosas encontrou instrumentos de tortura do século XVI. No que pese a bela vista que apreciamos, como já falei o clima é tenso e saímos muito tristes e "carregadas" ao saber que tantas atrocidades foram praticadas, para banir os considerados hereges pela igreja. 





Calma gente, nem tudo é desgraça em Guanajuato, após tantas coisas medonhas partimos para o que é considerada a parte mais linda da cidade, o Monumento El Pipila. 



Monumento construído no topo de Guanajuado é uma homenagem a Juan José de Los Reyes Martínez Amaro, melhor conhecido como El Pípila, foi mineiro e teve participação importante na Independência do México. A vista panorâmica que se tem da cidade é linda, e há um teleférico no centro que nos deixa exatamente aos "pés" de Pípila, fomos duas vezes, uma para apreciar o pôr do sol e outra para buscarmos artesanatos e souvenires, pois há uma vasta área de artesãos. 





E para finalizar o post e também o tour por Guanajuato nada melhor que uma parada básica nas docerias mexicanas, onde as Glórias - melhores balas de nozes com doce de leite do mundo - fazem o maior sucesso, são licores e uma diversidade de doces que nos deixam com água na boca. Um lugar que com certeza deve ser melhor explorado, e que renderá outra postagem, pois, quando chegamos estava rolando o Festival Internacional Cervantino, o que atrai milhares e milhares de turistas todos os anos.