Ultimamente, como vocês têm observado, minhas dicas de leitura não se tratam de lançamentos literários, bem pelo contrário, estou indicando alguns clássicos da literatura mundial. Hoje gostaria de expor brevemente a "teoria do absurdo" criada ficcionalmente no livro O Estrangeiro de Albert Camus (1942).
Mersault, protagonista do romance, narra as situações mornas de sua vida e ao longo da leitura podemos perceber como os fatos de uma vida sem graça se entrelaçam de tal forma a serem capazes de ocasionarem uma tragédia.
Sinopse: "O Estrangeiro, tão popular porque, à parte ser a seca narrativa das desventuras de Meursault, é também a narrativa das desventuras de um homem do século XX. Uma autobiografia de todo mundo. Mersault leva uma vida banal; recebe, indiferentemente, a notícia da morte da mãe; comete o crime; é preso; julgado; tudo gratuito, sem sentido, apenas mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da História."
O grande ponto da obra é a indiferença com que o protagonista encara todos os fatos de sua vida, como por exemplo: a morte de sua mãe, o convite para trabalhar em Paris, o pedido de casamento de Maria e, principalmente, o seu julgamento.
O autor envolve o leitor de tal maneira que ao chegar ao fim da obra conclui-se unica e exclusivamente que Mersault foi sim injustiçado e sendo mais dramática, quem sabe, uma vítima do sistema.
Um livro que inicialmente parece fraco toma dimensões interessantíssimas e se torna uma leitura interessante e reflexiva.
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