Minhas férias deste ano foram as melhores dos últimos tempos, cultura, gastronomia e diversão marcaram meus momentos pelo México. Quando vi uma propaganda incentivando o turismo no México no início deste ano pensei: e por que não? Convidei minha irmã e embarcamos numa viagem inesquecível. E como a Cidade do México é gigantesca (cerca de 26.116,842 habitantes na região metropolitana), dividirei tudo que conheci por lá em várias postagens. Então nada melhor do que começar pelo Centro Histórico, já que foi nosso primeiro contato com a cultura Asteca.
Ficamos hospedadas na Zona Rosa, no hotel NH México (ótima opção de hospedagem - limpo, confortável e bem localizado), ele fica há menos de uma quadra da estacão de metrô Insurgentes, o que facilitou bastante. Assim, no primeiro dia partimos para o Centro Histórico e começamos pela Catedral Metropolitana, dedicada a Assunção da Virgem Maria, sua construção iniciou no século XVI e foi terminada apenas em 1813. Por conta disso vários são os estilos arquitetônicos da mesma, passando pelo Barroco, Churrigueresco e Neoclássico. O que me chamou a atenção é que em nenhum templo mexicano cobram ingressos para a visitação, diferente da Europa, sendo que até conseguimos acompanhar uma missa que estava sendo rezada no momento em que entramos na igreja.
Desde o início da construção o excesso de peso da catedral provocou afundamentos no frágil solo, o problema se agravou com o terremoto de 1985, mas os esforços para estabilizar a estrutura foram concluídos com êxito em 2000, impedindo-a de ruir, assim os ângulos irregulares das colunas atuais e os desníveis no piso tornaram-se ponto de interesse para os turistas.
Ao sairmos da Catedral fomos para o Palácio Nacional, onde localiza-se o Museu das Culturas, um lugar bem agradável e de fácil visitação onde se encontram as réplicas de várias obras famosas, sendo que as originais estão no Museu do Louvre em Paris. Confesso que tudo que não vi no gigantesco Louvre pude conhecer, mesmo que por réplica neste interessante espaço (a entrada é gratuita).
Réplica do Código de Hamurabi
O bom humor e atenção dos trabalhadores do Museu nos renderam várias gargalhadas, tanto que até brincamos com o tamanho e peso da porta principal e eles nos mostraram até a chave que usam todos os dias para abrirem e fecharem a casa.
A título de curiosidade, a praça principal de todas as cidades mexicanas é chamada de Zócalo e na da Cidade do México não seria diferente, encontra-se bem no meio do Centro Histórico e é uma das três maiores praças do mundo, muito visitada nas férias escolares e durante os finais de semana.
Na sequência a parte principal do nosso passeio: o famigerado Museu do Templo Maior. Trata-se de um enorme templo construído pelos astecas nos séculos XIV e XV e ficava no centro de Tenochtitlán (atual Cidade do México). O conjunto da obra foi quase todo destruído pelos espanhóis após a conquista da capital asteca. Em 1978, a descoberta acidental do entalhe de Coyolxauhqui motivou as escavações. Vieram à luz ruínas de templos superpostos, o que era perceptível pelas camadas geológicas. Fonte: Guia Visual da Folha de São Paulo.
Após visitarmos toda a parte externa do Templo que é gigantesca, caminhamos pelas galerias internas, onde várias obras contam a história do Museu e retratam todo o trabalho de conservação exploração feito até os dias atuais. Como não são permitidas fotos com flash no interior do Templo Mayor guardamos na memória tudo que vimos por lá.
Serpente Contorcida - a cobra tem presença muito forte no simbolismo do templo. O nome asteca do templo Coatepec significa Colina de Serpentes.
Finalmente nos dirigimos para a região do Palácio de Belas Artes, que, sem dúvida é o mais belo edifício do Centro Histórico. É a principal casa de óperas do México, uma grandiosidade arquitetônica tanto externa como internamente. A sua construção iniciou em 1900 e terminou 34 anos depois de ser interrompida pela Revolução de 1910. Os interiores possuem uma maravilhosa mescla de estilos de arte decó e arte nouveau. Também abriga impressionantes murais e exposições temporárias.
Nas redondezas do Palácio de Belas Artes localiza-se farta gama de lojas e restaurantes, aproveitamos para conhecer a famosa loja de departamentos Sears, onde podemos encontrar todas as grifes que amamos e também almoçamos no Cardenal, restaurante maravilhoso que renderá post específico.
Há muitas coisas para visitar no Centro Histórico, como por exemplo, o mirante da Torre Latinoamericana (já considerado o prédio mais alto da cidade com 44 andares e 183m de altura, proporciona a melhor vista da cidade), e a Praça Garibaldi, mas como em um dia não é possível conhecer tudo optamos por retornar ao local.
Como vocês perceberam tudo é gigantesco neste país de vasta cultura, até meu "resuminho" sobre o Centro Histórico acabou ficando extenso (rs), mas vem muito mais por aí e espero, de alguma forma, poder ajudar a todos que possuem interesse em conhecer um pouco mais sobre o México.