sábado, 30 de junho de 2018

Montevidéu

Está aí sem fazer nada e cansado das mesmas programações? Que tal passar um fim de semana em Montevidéu? Uma cidade boêmia, repleta de pubs, bons restaurantes e cercada por vinícolas maravilhosas. Eu e a Daia passamos a semana por lá, resolvemos ficar alguns dias a mais porque queríamos conhecer a Vinícola Bouza e também Colônia Del Sacramento. 


Primeiramente gostaria de dar algumas dicas de como se locomover do aeroporto que fica em Canelones até Montevidéu. Como optamos em andar só de uber e havíamos lido que era fácil pegar em qualquer lugar acionamos o app desde a chegada ao aeroporto de Carrasco, então aí fica a dica, geralmente os motoristas de uber não pegam passageiros no aeroporto, eu solicitei três vezes e cancelavam minhas viagens, acabamos pegando um Remis que custou cerca de R$ 100,00 até nosso hotel que ficava em Tres Cruces (reais são facilmente aceitos). Após questionando os motoristas de uber fiquei sabendo que em Canelones o app é proibido e caso algum motorista for barrado pegando passageiros no aeroporto é multado. Para ir de Montevidéu até o aeroporto de uber não há restrição alguma, o que é proibido é a viagem reversa. Outra dica importante, não faça o câmbio de moeda no aeroporto, a cotação é a pior que existe, no centro da cidade e nos shoppings encontram-se várias casas de câmbio com taxa bem melhor, sendo que é importante ressaltar que dólares e reais são bem aceitos em vários hotéis e restaurantes. 


A melhor maneira de conhecer a cidade é pegar o Bus Turístico, ele faz onze paradas e é possível conhecer tudo e não ficar apenas vinculado à Rambla e Plaza de La Constituición. Com ele percorremos toda a Capital do Uruguai, conhecemos parques lindos como o Parque Rodó, o Jardim Botânico e o Parque Prado, além de fazermos as paradas tradicionais na Puerta de La Ciudadela e no Mercado del Puerto, etc... Caso opte por fazer esse passeio no domingo, que foi o que fizemos, pode-se ainda conhecer a famosa feira de Tristán, que só acontece nos domingos, famosa por seu mercado de pulgas, por óbvio que eu não quis conhecer, afinal todos sabem que tenho pânico, pavor, de todo e qualquer tipo de feira. Uma dica preciosa para quem optar por fazer compras na Tristán, todo cuidado é pouco, pois a concentração de batedores de carteira é grande no local. 

 Parque Rodó
 Plaza de La Constituición
Parque Prado - Monumento a la Diligencia

Nós chegamos próximo ao meio dia e fomos direto ao Mercado Del Puerto para almoçarmos, o local tem ampla variedade de restaurantes, mas não são os melhores, na minha opinião para comer uma boa parrilla eleja o Don Peperone e para provar o famoso chivito (sanduíche com filé bovino, queijo, ovo, bacon, alface, tomate, acompanhado de fritas) vá até o La Pasiva, estes restaurantes são de grandes redes e são facilmente encontrados. 

Filé do Mercado del Puerto
Chivito do La Pasiva 
Parrilla do Don Peperone

Passeamos também pela Rambla e é claro que tiramos a tradicional foto no letreiro de Montevideo, além de irmos até o Farol de Punta Carretas. 


Passear, comer, beber um bom Tannat ou uma Patricia para os apreciadores de cerveja, são as coisas tradicionais para se fazer em Montevidéu. Alguns pubs que eu indico são o Bardot (espetacular, nome dado para homenagear a atriz Brigitte Bardot), que fica em Punta Carretas, bairro muito lindo e que vale a pena ser explorado, e também o Fun Fun e o The Shannon Irish Pub localizados na cidade velha. Tres Cruces é outro bairro bem legal para se conhecer, com um shopping de mesmo nome e terminal rodoviário anexo, é ponto de partida para quem sai da cidade para conhecer Punta Del Leste ou Colônia Del Sacramente, e pasmem, não é um bairro que lembra as desgraças que vimos por aqui aos arredores das rodoviárias, é tudo muito limpo, organizado e a Rodoviária com shopping no mesmo prédio é um espetáculo, além de ser bem pertinho do Estádio Centenario e do Obelisco. 


Como eu mencionei, ficamos mais que um fim de semana pois fomos conhecer Colônia e a Bodega Bouza, assuntos para outros posts que virão em seguida, então caros leitores hasta la vista. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Quebrada de Humahuaca

No terceiro dia em Salta fomos visitar a Quebrada de Humahuaca, o Cerro de Las Siete Colores, Purmamarca e Tilcara. O que caracteriza toda essa região são suas montanhas coloridas, como o Cerro de Las Siete Colores e a Paleta do Pintor, além de sua flora caracterizada por cactos gigantes. Justamente por causa de seus montes coloridos e natureza exuberante, a Quebrada de Humahuaca foi declarada Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade pela UNESCO e recebe anualmente turistas de todo o mundo, principalmente europeus, como pudemos observar. 




Em Purmamarca visitamos o Cerro de Las Siete Colores e a feira de artesanato local, o artesanato é basicamente o mesmo que vimos em San Pedro de Atacama, com a diferença de ser muito mais barato. Paramos ainda para fotografarmos o Trópico de Capricórnio e também passeamos pelo Jardim Botânico de Altitude de de Tilcara, onde conhecemos igualmente as Ruínas de Pucara. 




Já na ida percorremos uma estrada em meio a uma mata fechada que segundo o guia é a selva morada do famoso puma argentino, conhecida como estrada real, a natureza se mostrava exuberante. Não tivemos a sorte, ou quem sabe o azar de nos depararmos com a fera. 




Em Humahuaca, após percorrermos suas ruas estreitas e admirarmos a arquitetura local composta principalmente por casas de adobe com tetos de cana e lama. Fizemos uma pausa para o almoço (havia carne de lhama no cardápio e não tive coragem de pedir, diferente do Chile que elas são animais de estimação, na Argentina elas são alimento), para então iniciarmos o retorno a Salta,visitamos na pequena aldeia de Uquia, onde apreciamos as obras rústicas da pequena igrejinha e ainda aproveitamos para comprar mais artesanato (risos). 




Foi um dia bem cansativo, porém proveitoso, pois fizemos várias paradas, o percurso dentro do carro geralmente era longo e a estrada da ida muito cheia de curvas e trechos perigosos, mas foi um passeio que eu considero imperdível, pela quantidade de obras da natureza que existem entre a Província de Salta e de Jujuy. E assim caros leitores, encerro meu resumo sobre nossa viagem de férias de abril, uma proposta diferente de viagem, onde a busca por paisagens perfeitas desde San Pedro de Atacama até Salta foi o nosso objetivo. Até a próxima pessoal. 

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Cafayate

No segundo dia em Salta fechamos um passeio para Cafayate, a terra do torrontés, a excursão incluía um passeio pela Quebrada de las Conchas, onde paramos num pequeno povoado para fotografarmos com as lhamas e provarmos o famoso pão caseiro local, além de tour pelo Anfiteatro (que leva esse nome por causa de sua excelente acústica) e Garganta do Diabo, formações rochosas que surpreendem por sua grandiosidade. 




Em Cafayate visitamos duas vinícolas, uma bem comercial a Quara, os vinhos dela nunca me agradaram e mesmo estando lá minha opinião não mudou, e outra menor, mais familiar, que fazia vinhos com melhor qualidade e em baixa escala, a Vasija Secreta. Uma dica que dou, Cafayate é ideal para passar um ou dois dias, para que as vinícolas sejam bem exploradas, eu confesso que fiquei um pouco frustrada com o passeio, pois como amo vinho, em especial o torrontés, não pude explorar direito as melhores bodegas, como é o caso da El Esteco. A minha salvação foi o Museu do Vinho em Cafayate, com uma loja que vende os melhores rótulos, onde se pode comprar em taças e degustar lá mesmo. 




No caminho de volta para Salta paramos para conhecer a famosa cidade fantasma de Alemania, vilarejo que surgiu ao lado da linha do trem e que, durante anos, foi o principal ponto de comércio da região, foi colonizada por alemães e por isso leva este nome. Quando o trem foi desativado, as pessoas abandonaram o lugar e o que restou foram as casinhas de adobe e um pavilhão onde alguns artesãos insistem em permanecer, a sensação de abandono é incrível e a eletricidade mal chega até lá.

 Antigo forno em Alemania

 Ponte por onde passava o trem 


Foi um passeio muito válido, é claro, mas a dica que eu dou: tirem um ou dois dias para dormir em Cafayate, assim poderão explorar melhor a cidadezinha que é linda, tem muitos restaurantes ao redor da praça, além de, é claro, visitar as melhores vinícolas locais. 

Salta - La Linda

Após cerca de dez dias explorando as belezas naturais do Deserto de Atacama eis que partimos em direção à Salta - norte da Argentina. Considerada uma das maiores cidades do país, com cerca de 600 mil habitantes, Salta é ao mesmo tempo cosmopolita e cheia de tradições e cultura indígena. A primeira coisa que fizemos foi seguir para um tour guiado que sai todos os dias da frente da igreja matriz, conhecido como Salta Free Tour, há guias que falam em espanhol e em inglês e por quase três horas percorremos os pontos turísticos. Para usufruir deste passeio basta procurar os guias com suas jaquetas laranjadas e o serviço está disponível de segunda a sábado às 10 da manhã, a contribuição é espontânea. 

 Monumento ao General Martín Miguel de Guemes

Basílica de Salta

Igreja de São Francisco

Após uma enxurrada de história local e conhecendo todos os pontos turísticos decidimos quais visitar; não deixe de pegar o teleférico que leva ao Cerro San Bernardo para poder admirar toda a cidade e beber uma boa Quilmes nas alturas. Outra atração imperdível é o Museu de Arqueologia de Alta Montanha que guarda os três maiores tesouros de Salta - Los Niños de Llullaillaco, três múmias incas de crianças encontradas próximas a um vulcão da região, em perfeito estado de conservação. Fotos não são permitidas dentro do museu e a exposição dos Niños, tendo em vista a preservação dos corpos, é itinerante. 

Vista de Salta do Alto do Cerro de San Bernardo

Niños de Llullaillaco

Pelos bairros de Salta

No centro histórico, ao redor da Praça 9 de Julio há vários cafés e restaurantes maravilhosos e um dos melhores e que serve o melhor da culinária salteña é o Aires Caseros, gostamos tanto que fomos duas vezes, a primeira vez que fomos provamos um combo de delícias locais, com as tradicionais empanadas salteñas, tamales e humitas (parecem uma pamonha) e locro ensopado tradicional com feijões, milho, tomates e temperos diversos) - uma big entrada que valeu como almoço, pois é muito bem servido. 



Empanadas do Hotel Brizo Salta - as melhores

Ficamos hospedadas no Hotel Brizo, é bem no centro, próximo dos melhores restaurantes, pontos turísticos e pubs, e possui um maravilhoso bar e restaurante no terraço, que na minha opinião serve as melhores empanadas do mundo, além disso a noite de Salta é bem agitada e não faltam atrações. A cidade é segura e pode-se caminhar tranquilamente durante a noite, claro que como em qualquer grande centro sempre tomando os devidos cuidados. E que tal curtir o melhor da MPB com muito vinho argentino e comida peruana? Combinação exótica não? Então a melhor pedida é o Viracocha, restaurante peruano e culinária andina, lugar maravilhoso com atendimento impecável. 




Salta surpreendeu, uma pena que ficamos poucos dias e não conseguimos desfrutar melhor de tudo que a cidade oferece, pois estando hospedadas lá tiramos um dia para irmos para o Cerro de Las Sete Colores e outro dia Cafayate, ficamos com um "gostinho de quero mais", afinal com toda a razão Salta merece o título de La Linda. 

Nem todas as fotos deste blog são de minha autoria, caso deseje os créditos por alguma foto ou a sua remoção favor encaminhar e-mail para: crisianiii@hotmail.com

terça-feira, 19 de junho de 2018

Onde comer em San Pedro de Atacama

Como boa taurina que sou não deixaria jamais de fazer um post sobre restaurantes fabulosos que conhecemos no Atacama, a cidade é pequena, acolhedora e no que pese a poeira que paira podemos encontrar ótimos restaurantes, mas não se engane, os preços são bem salgados e se quiserem comer bem terão que abrir a mão. 



No primeiro dia chegamos loucas de fome e o cansaço pegou e acabamos escolhendo um lugar onde servia empanadas e chá de coca, não foi uma boa escolha, pois além das empanadas chilenas serem gigantes (nada ver com as argentinas), pagamos muito caro por uma xícara de chá de coca e duas empanadas, e confesso, não me recordo o nome do lugar. Já nossa segunda experiência gastronômica do Deserto foi no La Casona, restaurante fenomenal, com ambiente agradabilíssimo e surpreendente que fica na Rua Caracoles, a principal da cidade; reza a lenda que lá é feito o melhor pisco do Chile, eu provei, é claro, e aprovei. Gostamos tanto que fomos duas vezes no La Casona. 



Outro restaurante imperdível e que fomos jantar, foi o Adobe, é do mesmo proprietário do La Casona, e a qualidade dos pratos e dos vinhos servidos é muito boa, com música ao vivo e fogo de chão é ótimo para as noites frias do deserto, construído todo em adobe ele faz o maior sucesso entre os turistas, parada obrigatória. E adivinhem... Crème brûlée de sobremesa - PERFEITO. 



Existem ainda outros dois restaurantes imperdíveis o Blanco e o Baltinache, que não conseguimos ir, pois no dia que escolhemos estavam fechados. E se resolverem fazer uma caminhada pelas tardes quentes do deserto a sorveteria Babalu não pode passar despercebida, sorvetes de sabores exóticos como de folha de coca, pisco sour e quinoa são algumas das opções, além de sabores tradicionais é claro. E estando por lá não deixem de visitar a feira de artesanato local, é bem interessante pela quantidade de cores, instrumentos musicais e pequenas lhamas fofas. 



E aí bateu aquela vontade louca de beber um cafezinho? Então vá até o Marley Coffee, ambiente roots e com um bom reggae você pode degustar seu cafezinho (que é minusculo mesmo) e comer crepes ou outras iguarias a preço de ouro, como eu já disse tudo custa caro no deserto, mas valeu a pena, fica na Rua Toconao e dá pra matar sim a vontade de café. 




É isso aí pessoal, creio que com este post encerro meu resumão sobre nossos dias explorando o Deserto do Atacama, uma viagem exótica que mudou minha maneira de encarar aventuras desse estilo, agora decidi que quero ir até o Peru, algo que antes do Atacama confesso ser impossível sequer passar pela minha cabeça. Mas vamos lá, afinal o mundo está aí para ser explorado, admirado e experiências de vida sempre são bem vindas.