sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Guadalajara

De repente... Guadalajara! Sabem... vou contar uma breve história: quando eu era criança eu ouvia os discos de vinil de música mexicana de meus pais e pensava, ainda conhecerei Guadalajara! Eu gostava da pronúncia do nome, acho que o México sempre me atraiu, não é à toa que eu e a Daia já viajamos três vezes pra o berço das culturas azteca e maya. Mirabolâncias infantis ou não, eis que pisamos em Guadalajara. 




Até poucas décadas atrás, a Capital do Estado de Jalisco era uma plácida cidade provinciana, o surto industrial a transformou em uma metrópole moderna, sendo a segunda maior do México, perdendo apenas para a Capital Federal. Desembarcamos e após alguns contratempos conseguimos nos instalar e no outro dia tomamos um táxi para o centro histórico, que para a nossa decepção estava mal cuidado, sujo e, pra variar, a majestosa catedral estava em reforma (somos peritas em pegar grandes igrejas em reformas -rs), pois sabemos que ela é um dos destaques da cidade. Mas tudo bem, acontece em todas as viagens, então pegamos o ônibus turístico - Tapatío Tour e embarcamos para um lindo passeio rumo a Tlaquepaque.


Antes do destino final fizemos uma parada no Museo del Ejército y la Fuerza Aérea de Guadalajara - Cuartel Colorado, e nos impressionamos com a conservação de todo o acervo, em especial  das aeronaves. 




Quando chegamos a Tlaquepaque foi amor à primeira vista, hoje subúrbio da cidade  de Guadalajara, o local conserva todo o clima aldeão de outrora, com uma enorme variedade de cerâmicas, madeira, papel, metal e artesanatos em geral, é onde encontramos as Catrinas mais lindas do México, é lá também que estão alguns dos melhores restaurantes da metrópole e que agradam a todos os paladares. 


Nos finais de semana Tlaquepaque ferve, suas ruas coloridas recebem turistas e moradores que buscam entretenimento e boa culinária, um dos pontos de encontro favorito é o El Parián, com o título de maior cantina do mundo, reúne 47 restaurantes em volta de um pátio gigante com mariachis cantando ao centro. 




Guadalajara não é só isso, a noite da grande metrópole é atrativa e todos os caminhos levam a Chapultepec onde pubs e bons restaurantes fazem a alegria de todos, dentre os melhores pubs estão o York Pub e La Nacional Chapultepec, com cervejas artesanais, tapas (petiscos mexicanos) e música ao vivo, é claro. 


Geralmente, nas tardes de sábado, é montado um cinema ao ao livre no calçadão central de Chapultepec onde são exibidos filmes infantis, uma proposta bem interessante de levar cultura e diversão para toda população. Outra coisa que adoramos foi caminhar pelas grandes avenidas no domingo de manhã, aos domingos elas fecham e dão lugar aos esportes, caminhadas, corridas, ciclismo, tudo sem o perigo do intenso tráfego dos dias úteis, um exemplo a ser seguido.  


La Minerva - Guardiã de Guadalajara


E assim eu e a Daia nos despedimos de Guadalajara, uma cidade que impressiona e surpreende. Adios Guadalajara! Hasta la vista!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Festival Cervantino

Quando sentimos os primeiros aromas de Guanajuato percebemos que a cidade fervia, a Capital do estado, que leva o mesmo nome, com seu ar colonial e com seus suntuosos templos (alguns datam do século XVII) demonstrava, pela movimentação de carros e turistas, que algo maior estava acontecendo, então perguntamos ao taxista que, muito amável, nos explicou - era o dia que precedia a abertura do XLIV Festival Cervantino.




Guanajuato é a cidade sede do Festival Cervantino que acontece anualmente no mês de outubro e reúne artistas e turistas do mundo todo (os japoneses são os que mais apreciam o evento), é considerado um dos principais festivais de artes culturais do México e da América Latina, dando ênfase às criações artísticas da língua espanhola. Como o próprio nome sugere, o Festival foi nomeado em honra a Cervantes e oficialmente inaugurado em 1972.


Falando em Miguel de Cervantes, para os apreciadores de sua obra o Museu Iconográfico del Quijote é parada obrigatória, lá estão expostas centenas de obras de arte sobre o legendário Don Quijote de La Mancha, desde selos de correio até murais grandiosos, sem falar nos livros, é claro! Há uma livraria onde podemos adquirir as obras em língua original ou até mesmo nas demais que foram traduzidas. O maravilhoso e curioso acervo conta ainda com obras de Dalí, Picasso e Daumier. Vale a pena conferir. 




Ficamos pouco tempo em Guanajuato, exitem muitas atrações boas por lá, mas conseguimos explorar as principais e foi muito válido conhecer um dos palcos da luta pela independência mexicana. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Museu Casa Diego Rivera

A casa onde o famoso pintor e muralista Diego Rivera nasceu (1886) está localizada na cidade de Guanajuato e tornou-se um museu que exibe, além de alguns móveis originais, mais de cem obras e esboços de seus murais.




A visitação não é demorada, no primeiro piso estão os móveis e objetos do fim do século XIX, onde se manteve toda a área de convivência familiar, suas obras encontram-se em todo o andar superior. 




O museu fica aberto de terças a domingos e paga-se uma pequena taxa de manutenção, cerca de R$ 3,00. Eu confesso que esperava muito mais, achei meio sem graça, claro que tudo ficou "apagado" depois de conhecer o Museu de Frida Kahlo na Cidade do México em 2014, mas vale a experiência, afinal cultura nunca é demais.