quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Garden Route

Deixamos a vida boa da gastronomia e dos vinhos e partimos para a maior aventura de nossas vidas - a Garden Route! Digo isto porque nunca dirigimos na mão inglesa e como sou a motorista oficial das viagens resolvi encarar o desafio e lá fomos nós, alugamos o carro em Stellenbosh e partimos para o que considero o roteiro mais lindo da África do Sul. Quanto a dirigir na mão inglesa foi bem tranquilo, um mês antes da viagem comecei a preparar minha mente enquanto dirigia aqui no Brasil e assisti a muitos vídeos explicativos, então no segundo minuto que eu estava no comando do veículo já havia me acostumado. 


A Garden Route começa oficialmente em Mossel Bay, nossa primeira parada; de lá seguimos para Knysna onde dormimos e depois fomos até Port Elizabeth, última cidade da rota, sendo que de Knysna até Port Elizabeth fizemos muitas paradas porque são inúmeras atrações. As cidades mais conhecidas da Garden Route são: Mossel Bay,  KnysnaPlettenberg BayStorms River e Jeffrey’s Bay

Mossel Bay: quando paramos em Mossel Bay o tempo virou e uma tempestade começou a se armar, então percorremos rapidinho a beira mar para fazermos alguns registros e visitamos o farol. A cidade é pequena,  mas possuiu a orla bem linda, cheia de restaurantes legais e casinhas coloridas.


Knysna: Esta cidade foi uma surpresa, chegamos no fim do dia e conseguimos assistir ao pôr do sol no Waterfront, que tem muitas lojinhas e restaurantes, é lá onde tudo acontece, os bares cheios, vida noturna intensa, em especial pela fama dos maravilhosos Gins de Knysna. Nosso hotel ficava em Leisure Isle, a pequena ilha localizada após a ponte que cruza a lagoa. Seu anfitrião, Pierre Deckers, nascido na Bélgica, mudou-se para Joanesburgo há 30 anos e, mais recentemente, descobriu a joia do Cabo Ocidental, Knysna, com sua esposa Lynn restauraram e selecionaram um refúgio de inspiração náutica, com atmosfera aconchegante sem contar seus lindos cachorrinhos que são amáveis com todos os hóspedes. No dia seguinte acordamos cedo e subimos até O Knysna View Point de onde se observa toda a cidade, são paisagens de tirar o fôlego e, como corríamos contra o tempo, fomos para Plettenberg Bay. Foi uma pena não termos mais tempo por lá, eu realmente adorei, mas tínhamos poucos dias na Garden Route por conta de compromissos aqui no Brasil, que nos impossibilitaram de ficar os sete dias que são recomendados para fazer tudo com calma. 





Plettenberg Bay: Outra paradinha rápida nessa baia inédita, lá passeamos pela praia de Brenton-On-Sea  e subimos até o mirante da calda do golfinho para apreciarmos a vista de Lookout Beach, com mais tempo a cidade é ideal para hospedagem, pois possui muitas atrações como Robberg Beach e se você tiver coragem pode aproveitar para saltar do maior bungge jump de ponte do mundo, que fica cerca de 37 km de distância, na Ponte Bloukrans, onde paramos só para assistirmos aos corajosos, a adrenalina do pessoal fica a mil e a dos expectadores também.  





Tsitsikamma National Park: Nossa próxima parada, ficamos bastante tempo no parque pois ele é gigante e possui duas pontes suspensas que a Daia passou horas pulando e atravessando e tirando fotos, afinal todos sabem que ela é a louca das pontes, então enquanto ela curtia as pontes eu fiquei por lá fotografando, pois esse tipo de ponte me dá náuseas, fico meio mal. E prepare-se para subir e descer vários degraus da trilha que leva até o local das pontes. O parque é bem equipado com toiletes e restaurantes. O valor da entrada é de 95 Rands. Tivemos muita sorte porque o dia estava lindo e os registros ficaram maravilhosos. 





Port Elizabeth: Saímos do Parque às 17 horas e tiro longo até Port Elizabeth (acho que quase 3 horas de estradão) onde entregaríamos o carro no aeroporto e ficaríamos três dias na cidade para fazermos os tradicionais Safáris que serão tema de post exclusivo. A cidade é moderna, com restaurantes ótimos, cassino, shopping center, determinados lugares lembram Santa Mônica na Califórnia, muito linda, mas nos arrependemos de não termos ficado mais em Knysna e reservado menos dias em Port. Lá vocês não podem deixar de conhecer o Ginger Restaurant, ficamos hospedadas na Beachwalk Bed an Breakfast, perto de tudo, onde aproveitamos bem a orla no nascer e no pôr do sol, fazíamos tudo a pé, é bem seguro com ótima estrutura e localização e o Mike - anfitrião - sempre nos dava dicas perfeitas. 





Quem me acompanha desde o início do blog sabe que não sou de detalhar, afinal postagens longas são terríveis e ninguém lê, passo apenas ideias básicas de cada lugar, mas quem estiver com as malas prontas para a África do Sul pode sentir-se à vontade em me mandar mensagens, e-mail, Whatsapp o que for, que respondo tudo detalhadamente e o melhor, com sinceridade, o que é lindo é lindo e o que é feio e não vale a pena também deve ser dito. Até a próxima pessoal!

sábado, 11 de janeiro de 2020

Stellenbosch e Franchhoek

Para uma amante dos bons vinhos, certamente foi o ponto alto da viagem à África do Sul, conhecer várias vinícolas com seus pelos e extensos vinhedos, degustar bons vinhos e ainda harmonizá-los com a deliciosa culinária local. Passear por Stellenbosch e Franchhoek foi sensacional. As duas cidades distam, aproximadamente, 50km de Cape Town, oferecem hospitalidade única, atendimento impecável e claro, o principal, vinhos de ótima qualidade. 




Há várias maneiras de chegar até a região dos vinhedos, passeios de um dia, alugando carro, pegando ônibus convencional ou indo de Uber mesmo. A Cidade do Cabo é bem servida pelo aplicativo, e como o carro que alugamos seria retirado em Stellenbosh, optamos em ir até o hotel em que ficaríamos hospedadas de Uber. Combinamos com o motorista que nos levou para casa após o último jantar na Cidade do Cabo e no dia seguinte, pontualmente às 9 da manhã, ele estava nos esperando. Aliás, a pontualidade do povo Sul Africana é invejável, geralmente chegam cinco minutos antes do combinado, colonização inglesa é outra coisa não é mesmo!?. E, a primeira grande surpresa foi quando chegamos ao hotel, cenário de cinema, atendimento único, sem contar que fica em meio a um vinhedo e oferece diariamente degustações dos vinhos da vinícola Asara, que também dá nome ao hotel, Asara Wine Estate Hotel.




No dia da chegada almoçamos na Delaire Graff Estate, simplesmente incrível, junto ao Hotel Relais & Chateaux há um restaurante maravilhoso, a vista já compensa a ida, mas claro que pedimos nossos pratos e harmonizamos com vinhos da casa. 




Agora o que realmente importa, a visitação às vinícolas, fechamos no hotel mesmo o transfer que nos levou para um passeio guiado com  parada nos centros de ambas as cidades e depois para vinícolas que nos ofereçam degustações harmonizadas, a primeira com queijos e frios; a segunda com petiscos locais como os tradicionais Biltong (carne seca cortada em fatias e  Droewors (em formato de salsichas), eles são feitos com uma variedade de carnes, tais como carne bovina, avestruz ou javali que lembram um pouco nossa carne seca; a terceira foi almoço harmonizado e por último a mais interessante, vinhos e chocolates. O passeio foi uma experiência única, sempre procuramos fechar com o mínimo de pessoas possível, o que torna mais exclusivo e não tem aquela chateação de ficar esperando gente atrasada, então foi simplesmente perfeito. Na ordem as vinicolas visitadas: Mitre´s Edge, Chamonix, Rickety Bridge Winery e Lovane, indico todas, além da Delaire e da Asara é claro.  




Ambas as cidades, como já disse, são muito lindinhas, com o centro cheio de bons restaurantes, wine´s bars e lojas, Franchhoek, em especial, me encantou e gostaria de ter passado mais tempo por lá, quiçá dormir para conhecer os restaurantes renomados. 




Agora fiquem com algumas fotos do centro de Stellenbosh, estando lá não deixem de ir no Wynbar Beyerskloof e para comer indicamos o De Warenmark.




Eu nunca imaginei que fosse me impressionar tanto com a África do Sul e estes dois posts inciais foram só o começo, vem muita coisa legal por aí. Aguardem, e nas palavras de Ernest Hermingway, encerro meu curto relato: 

"O vinho é uma das coisas mais civilizadas e naturais do mundo que alcançou a maior perfeição. Oferece uma gama maior para o prazer e apreciação do que possivelmente qualquer outra coisa puramente sensorial."