Como estávamos em Puerto Varas decidimos conhecer também Bariloche, a distância entra as duas cidades é de apenas 302 km e pode ser feita via terrestre, mas optamos por fazer a travessia de barco, no famoso Cruce Andino, decisão mais que acertada, paisagens lindas e rica história. É o único cruzeiro que navega a região dos Andes, atravessa três lagos que são ligados por quatro seções terrestres. Pode ser feito tanto da Argentina para o Chile como o caminho inverso, e há a opção de fazer a travessia em oito horas ou com parada para pernoite em Peulla, o que não indicamos, pois é um vilarejo no meio do nada, sem nada para fazer, não há comércios, nem ruas, apenas um hotel muito lindo onde paramos para almoçar, pois é o único restaurante do local. Dormir em Peulla encarece muito o passeio e é realmente desnecessário.
O passeio saiu de Puerto Varas com parada em Petrohué que fica na fronteira do Lago Llhanquihue, a seguir embarca-se com destino a Peulla para o almoço navegando pelo Lago de Todos los Santos, após o almoço atravessa-se a Cordilheira dos Andes pelo Lago Frías, sendo que saindo de Puerto Blest inicia-se a última navegação pelo Lago Nahuel Huapi, de origem glacial banha Bariloche e é considerado o maior da Argentina (550 km2), chegando a Puerto Panuelo há um ônibus que nos leva até o hotel escolhido em Bariloche.
Chegando em Bariloche e como estávamos cansadas apenas bebemos um vinho e petiscamos algo no restaurante do hotel, muito bom por sinal (NH Bariloche Eldelweiss), para então no outro dia começarmos com gás total a busca de passeios pela região. A título de informação, leve Reais para Bariloche, é muito bem aceito nas casas de câmbio e também pelos cambistas de rua, são bem confiáveis e não tivemos problema algum. Fechamos nossos passeios pela Turisur, iniciamos pelo Circuito Chico, que é fundamental para conhecer toda a cidade, no outro dia fomos de barco até o Bosque de Arrayanes e por fim fomos de carro até San Martin de Los Andes, para conhecermos a Rota dos Sete Lagos.
No topo do Cerro Campanario
Vista do Hotel Lhao Lhao, Parque da Capilla de San Eduardo
Uma dica: o passeio para o Bosque de Arrayanes é o tal do pega turista trouxa, é um besteirol sem fim, caminhar no meio de um mato de árvores nativas, onde o destino final é a famosa Casa do Bambi, que os argentinos teimam em dizer que foi usada de inspiração por Walt Disney para criar a casinha de Bambi (desenho animado); reza a lenda que Walt Disney escreveu uma carta de próprio punho para a Argentina desmentindo tal versão, então cada um acredita no que lhe convém. Claro, a vista do lago que temos do parque é muito linda, mas é um lugar com zero infraestrutura, cafeteria fechada e realmente sem nada para fazer. E por azar choveu e o passeio só valeu para passarmos frio, quando poderíamos ter ficado no centro de Bariloche aproveitando as lojas de chocolate, as cervejarias e as wine stores.
Casa do Bambi
O passeio de carro até San Martin de Los Andes foi o ponto alto da nossa ida a Bariloche, sendo que renderá um post exclusivo, é realmente fantástico, se tivéssemos pesquisado mais com certeza não nos hospedaríamos em Bariloche e sim em San Martin, claro que Bariloche tem todo aquele charme, os bons restaurantes, a vida noturna agitada, as estações de ski no inverno, mas nada, absolutamente nada se compara aos encantos da pequena cidade de San Martin de Los Andes.
Foi realmente encantador conhecer Bariloche no verão, se é que podemos chamar de verão os dias frios, com ventos gelados que quando estava quente os termômetros marcavam 6 graus Celsius, mas a paisagem da época do degelo das montanhas é realmente encantadora e vale a pena. Sobre onde comer em Bariloche farei post específico, bem como sobre o Passeio pela Ruta 40 e a Ruta de Los Siete Lagos.
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